
O Japão tem a
terceira maior capacidade instalada de geração de energia elétrica do
mundo. Entretanto, a produção de energia para manter a poderosa indústria
japonesa preocupa seus governantes, pois o país carece de recursos naturais. De
acordo com a U.S. Energy Information Administration, o Japão é o maior
importador de gás natural do mundo, o segundo maior de carvão e o terceiro de
petróleo e derivados.
O tsunami que atingiu a Central Nuclear de
Fukushima forçou uma revisão dos planos. A contaminação radioativa de
territórios ao norte de Tóquio tirou de suas casas mais de 160 mil pessoas. Foi
o pior acidente desde Chernobil, na Ucrânia, em 1986.
Alternativa:
Após o desastre, o governo japonês determinou a desativação dos
50 reatores nucleares então existentes e anunciou um projeto de longo prazo de
investimento em fontes alternativas. Em 2013, foi inaugurada a maior usina de
energia solar do país, de propriedade da indústria eletrônica Kyocera, que
recebeu subsídios governamentais para cobrir parte dos altos custos do
empreendimento.
Com o nome de Kagoshima Nanatsujima Mega Solar Power Plant, a
usina tem capacidade de gerar 70 MW, o suficiente para abastecer 22 mil
residências. São 290 mil painéis solares, que formam ilhas em uma baía,
ocupando área de mais de 1,2 milhão de metros quadrados.

Apesar do avanço no campo das renováveis — em
2013, apenas 1% da energia consumida veio de fontes nucleares —, o
governo japonês concluiu que não pode abrir mão da fonte nuclear. m a desativação dos
reatores de Fukushima, o país passou a importar mais combustíveis fósseis.
Foram gastos US$ 270 bilhões, ou 58% a mais, nos três anos seguintes ao
acidente.
Hoje o Japão tenta diversificar fornecedores.
Aos tradicionais parceiros do Oriente Médio, estão sendo acrescidos a Rússia e
países do Sudeste Asiático e do oeste da África.
Comentários
Postar um comentário